PECHINCHA: A ARTE DA SEDUÇÃO

Há quem diga que a melhor maneira de elevar a auto-estima e saber qual é o nível de atração que uma mulher exerce sobre o sexo oposto é colocar uma roupa estilo periguete e passar em frente a uma obra. Dependendo do resultado descobre-se a cotação na bolsa de valores dos pedreiros e ainda por cima é possível deixar o local com certa dignidade se achando a última bolacha do pacote. Eu descordo. Quer saber como medir a cotação no mercado de valores da auto-estima e ainda economizar? Sara explica...


Então você decidiu ir às compras... Fez as três perguntinhas básicas: Eu tenho dinheiro? Eu preciso? Tem que ser agora? Se para todas as perguntas a resposta foi sim continue lendo, caso contrário, volte na próxima semana e saiba como controlar os impulsos.

Você olhou, provou, passou horas naquela loja... A vendedora disse até que te amava, te ofereceu água, café, disse que você estava linda em todas as roupas que experimentou, virou sua melhor amiga em questão de instantes. Mas eis que chega a hora de pagar a conta.

Pra mim este é sempre um momento de introspecção... Reviso tudo o que decidi comprar. As vezes, experimento novamente. Se por acaso a peça é para uma ocasião especial, como uma festa, até danço em frente ao espelho para saber qual será o caimento enquanto meu corpo balança ao som da musica... Parece coisa de louca, mas vai por mim... poupa muitos arrependimentos. Se estou diante de uma roupinha mais simples, coisa do dia a dia, visualizo mentalmente todas as roupas que podem combinar com aquela peça e analiso se existe algum detalhe nela que não gosto, como a cor de uma costura, o caimento das mangas, rugas na barra, etc. Por fim, a escolha da cor. Este é mesmo o melhor tom? Vou usar? Não importa se você já tem um monte de camisas pretas no armário. Se não gosta de laranja, não compre a camisa laranja só porque não tem, a chance de jamais vesti-la é enorme.

DICA IMPORTANTE: jamais diga para a vendedora que amou, que estava procurando algo como aquilo, que ficou lindo, etc... Isso pode ser um tiro no pé no fim das contas.

Enfim, depois deste ritual que aconselho ser seguido à risca chegamos ao caixa, meu momento predileto! Aqui é o momento de exercer todo o seu poder de sedução. Quanto mais confiante, segura e destemida, melhor.
Coloque uma coisa na cabeça: Quem precisa vender é a vendedora. A relação de compra é favorável ao cliente que pode muito bem deixar tudo no balcão sem levar nada para casa, isso não é vergonha nenhuma e já tive experiências ótimas fazendo isso.

Se respondeu sim as perguntas lá no começo do texto então é porque tem dinheiro para comprar. Note: dinheiro vivo, saldo em caixa... não cartão de crédito e parcelamento a perder de vista.
Então você faz a pergunta que não quer calar: "Pagamento a vista tem desconto?" a resposta mais provável será: "NÃO" acompanhada de uma expressão facial do tipo... coitadinha.

Mais uma vez o momento lavagem cerebral: pedir desconto não é vergonha pra ninguém. Você tem dinheiro, trabalhou por isso (ou não, não importa) e é um direito, já que as operadoras de cartão de crédito cobram taxas altíssimas das lojas para que estas ofereçam a comodidade aos clientes.

Insista e diga: "mesmo se eu pagar em dinheiro?" Neste momento você vai ver imediatamente a expressão de "coitada" mudar para "estou falando com alguém que sabe o que quer".

Com a minha experiência posso afirmar que 80% das lojas oferecem desconto após esse tipo de pressão, em média, 5% de desconto sobre o valor final.

Digamos que a compra foi de R$300,00: o desconto será de R$15,00. Pouco diante de tamanho desgaste? Veja como quiser... Pra mim, este momento da sedução e do convencimento de que tenho o poder em minhas mãos é uma terapia. Sempre saio convencida de que fiz a coisa certa e cuidei do meu patrimônio, do meu tempo e do meu dinheiro.
Caso precise de um argumento mais prático:
R$15,00 poupados toda semana durante 10 anos lhe renderão nada menos que R$9,855.86.

O que você faria com este dinheiro hoje? Iria às compras?


Seduza e seja feliz!